
Como criar roteiros de vídeos longos e curtos para Youtube e Instagram usando copywriting
24 de março de 2025Cansado de anúncios que ninguém clica?
Você até se esforça. Gasta horas escolhendo imagens, escrevendo um texto que “soa bonito”, mexe em cores, fontes, tudo nos conformes. Mas no fim… nada. Poucos cliques. Zero conversões. A sensação é aquela: “o que eu tô fazendo de errado?”
Talvez o seu anúncio esteja apenas “bonito”. Só que beleza, no marketing digital, não é sinônimo de conversão. Ser criativo não basta. E ser direto também não é o suficiente. O verdadeiro diferencial está em combinar criatividade com estratégia persuasiva, ou seja: copywriting com propósito.
Por que a união de criatividade com copywriting é o divisor de águas?
Em um mercado onde todos gritam, quem fala certo com quem precisa ouvir, conquista. E quem escreve para vender, precisa mais do que ideias criativas: precisa saber como transformar palavras em cliques, cliques em leads, leads em vendas.
Criatividade sem estratégia é arte.
Copywriting sem criatividade é raso.
A fusão dos dois? É o segredo dos anúncios memoráveis — e lucrativos.
Se você acha que precisa ser um redator premiado ou um gênio da publicidade pra escrever um anúncio que vende, deixa eu te contar um segredo: não precisa. O que você precisa é de técnica, método e prática — e é exatamente isso que você vai encontrar aqui.
O que você vai aprender
Neste guia completo, você vai entender como criar anúncios criativos com alto poder de persuasão — mesmo que você esteja começando do zero. Vamos explorar:
- Os fundamentos do copywriting aplicado a anúncios digitais
- Como ativar a criatividade de forma estratégica (e não aleatória)
- Por que escrever para vender é diferente de escrever para impressionar
- Ferramentas, fontes e sites para encontrar ideias poderosas
- Como construir seu próprio banco de inspirações (swipe file)
- Erros comuns que fazem seu anúncio ser ignorado — e como evitá-los
- Técnicas para adaptar grandes ideias ao seu público e nicho
Preparado para transformar sua escrita em uma máquina de conversão?
Esse conteúdo não é só mais um artigo sobre “como fazer anúncios criativos”. É um manual estratégico, direto ao ponto, com tudo que você precisa para deixar de “tentar vender” e começar a vender de verdade.
Então, se você quer deixar de ser ignorado e começar a impactar, conectar e converter, fica comigo até o final.
Porque a gente vai longe.
Nem todo anúncio precisa ser criativo — Ele precisa converter
Vamos direto ao ponto: criatividade demais pode estar sabotando seus resultados.
Sim, é isso mesmo. Existe uma romantização em torno da ideia de que o anúncio perfeito é aquele que arranca aplausos, que é “diferente”, disruptivo, genial. Mas, no campo do marketing de verdade — onde a venda é o que paga as contas — a genialidade criativa sem resultado é só vaidade.
E aqui vai o primeiro grande segredo: nem todo anúncio precisa ser criativo. Ele precisa ser eficaz. Precisa converter.
Desconstruindo o mito da criatividade pela criatividade
Criatividade é ótima. Mas quando usada sem propósito, vira distração. O erro de muitos profissionais está em buscar o “uau” criativo antes de garantir o “sim” do cliente. É aquela obsessão por criar algo que impressiona os colegas de agência, mas que confunde o público e afasta a conversão.
O lendário David Ogilvy — considerado o pai da publicidade moderna — já dizia:
“Há dois tipos de pessoas que escrevem anúncios. Aqueles que visam ganhar prêmios. E aqueles que visam vender. Eu pertenço ao segundo grupo.”
Essa citação, simples e direta, resume bem o que estamos discutindo aqui. A missão do copywriting não é impressionar, é mover. É provocar ação. É fazer com que o leitor sinta, pense e, principalmente, aja.
Não se trata de ser o mais criativo da sala. Trata-se de ser o mais estratégico.
O foco do copywriting: ação, não admiração
Todo anúncio tem uma missão clara: fazer o leitor fazer algo. Clicar, preencher, comprar, responder, chamar. Se ao final do anúncio a pessoa diz “uau, que texto incrível”, mas não toma nenhuma atitude… esse texto fracassou.
Você pode ter uma copy lindamente escrita, com analogias inteligentes, metáforas sofisticadas, frases que brilham — mas se ela não guia o leitor para uma decisão, ela não cumpriu seu papel.
Copywriting é sobre comunicação clara, direta e empática. É entender o que seu público quer ouvir, e entregar isso de um jeito irresistível.
Quando o simples supera o “incrível”
Vou te dar um exemplos reais que foram colocados no ar:
Na década de 30, os anúncios da Marlboro se apresentava como uma opção elegante e sofisticada para mulheres. Os anúncios eram focados em atributos de suavidade e “feminilidade” do cigarro. A embalagem era decorada com um design mais suave e feminino, e a publicidade usava figuras elegantes de mulheres fumando em situações sociais.
Já o Lucky Strike, com uma única frase – “É tostado” – criou uma das campanhas mais inovadoras e bem-sucedidas da história da publicidade. O slogan “It’s Toasted” foi usado pela Lucky Strike para destacar uma característica única do seu processo de fabricação de cigarros.
Isso acontece porque o simples vai direto ao ponto. Ele não tenta ser elegante — ele tenta ser útil. E utilidade, no marketing, vence beleza quase sempre.
Anúncios simples, que conversam com clareza e focam na dor e no desejo do público, muitas vezes superam aqueles com altos investimentos criativos e visuais impactantes.
Criatividade útil: a que comunica com clareza e gera valor
Existe uma diferença gritante entre ser criativo por ser… e ser criativo por construir algo.
A criatividade que converte não é aquela que simplesmente surpreende. É a que comunica com clareza, entrega valor real e aproxima a audiência de uma decisão. É sobre transformar uma ideia complexa em algo simples, acessível e impossível de ignorar.
Nesse ponto, vale a pena entender um conceito fundamental: a criatividade estratégica.
O que é criatividade estratégica?
Criatividade estratégica é o uso intencional da criatividade para cumprir um objetivo de marketing claro. Não é sobre enfeitar a mensagem. É sobre amplificar o poder dela. É quando a ideia criativa nasce não para entreter, mas para direcionar, guiar e transformar a percepção do público.
Ou seja, não basta ser criativo. Você precisa ser criativo com direção.
Esse tipo de criatividade é afiada. Ela considera o nível de consciência do público, o estágio do funil de vendas, a linguagem do cliente ideal, os obstáculos mentais que ele carrega e, acima de tudo, o resultado que se deseja provocar.
É o tipo de criatividade que respeita o tempo e a atenção do seu leitor. Que não o faz pensar demais — o faz sentir e agir.
Como ser criativo sem perder clareza e objetividade
Muita gente associa clareza à simplicidade excessiva, quase simplória. Mas na verdade, clareza é uma forma de respeito com o público. É dizer exatamente o que ele precisa ouvir, do jeito que ele entende, no momento certo.
Aqui vão algumas diretrizes para manter sua criatividade afiada, mas sempre útil:
- Comece pelo objetivo – Antes de pensar em ser original, pense: “O que eu quero que a pessoa faça ao final desse anúncio?” Toda criatividade deve girar em torno dessa resposta.
- Traduza ideias complexas em metáforas simples – Metáforas, analogias e comparações são grandes aliadas quando usadas para clarear o entendimento, não para florear o texto.
- Use o humor com intenção – Uma pitada de humor pode quebrar resistências, mas se for mal posicionado, vira distração. Humor inteligente, que reforça a proposta, é um dos caminhos mais eficazes para manter o leitor envolvido e receptivo.
- Evite jargões ou “copês publicitês” – Palavras difíceis não aumentam sua autoridade. Frases simples que fazem a pessoa dizer “isso é pra mim”, sim.
- Revise com um filtro prático – Antes de aprovar um anúncio, pergunte: “Se eu fosse o cliente, isso me faria entender mais rápido? Me faria agir mais rápido? Ou só me deixaria confuso?”
Exemplo: o visual bem-humorado que simplifica a mensagem
Vamos a um exemplo concreto. Imagine um curso de confeitaria que precisa destacar a transformação das mulheres que estão em busca de uma profissão. Dois criativos são propostos para um anúncio visual:
Antes (muito criativo, pouco claro):
Imagem: Uma mulher segurando um bolo torto, com expressão de “socorro” no rosto e a legenda:
Texto: “Seu bolo pode até cair… mas seu sonho não!”
Depois (criatividade útil):
Imagem: Antes e depois bem marcados. De um lado, uma cozinha caótica e uma pessoa confusa. Do outro, a mesma pessoa orgulhosa ao lado de um bolo decorado com excelência.
Texto: “De desastre na cozinha a confeiteira de sucesso — aprenda do zero e comece a lucrar com seus bolos (mesmo que seu único talento até hoje tenha sido comer bolos).”
O primeiro criativo chama atenção, sim. Mas não é específico. A frase é divertida, tem um toque emocional e criativo, mas ainda assim não deixa claro o que está sendo oferecido. Não fala de curso, não menciona transformação, nem destaca um benefício concreto. O humor está presente, mas falta direcionamento para a conversão.
Já o segundo é claro, direto e visualmente impactante. O visual carrega a história da transformação, enquanto o texto entrega um benefício realista e desejável. O humor continua presente, mas não rouba o protagonismo da promessa. Pelo contrário: reforça a clareza e a conexão emocional com quem está começando do zero.
Criatividade útil é aquela que ajuda, orienta e vende
Quando você entende que criatividade de verdade não é se mostrar esperto, mas fazer o outro se sentir compreendido, tudo muda. Um bom anúncio criativo não é aquele que arranca elogios da sua equipe, mas aquele que faz o público clicar, comprar, responder, engajar.
Se você quer escrever com mais impacto, use a criatividade como ponte — nunca como cortina de fumaça. Sua missão é conectar ideias, valores e desejos com a solução que você oferece. E para isso, clareza é o seu melhor argumento.
Use referências com inteligência — Swipe file, não cópia

Se você já tentou criar um anúncio do zero, sabe como pode ser desafiador encarar uma tela em branco. As ideias não fluem, a insegurança aparece, e a dúvida bate: “Será que isso vai funcionar?” Esse é um momento comum — mas que pode ser evitado com um recurso poderoso, que os grandes copywriters usam há décadas: o swipe file.
E aqui vai um segredo que poucos revelam: você não precisa (nem deve) começar do zero todas as vezes. O mercado já deixou pistas, e as melhores ideias costumam nascer da análise do que já funcionou antes.
Mas atenção: referência é uma coisa. Cópia é outra. E só uma delas constrói autoridade e resultados sustentáveis.
O que são swipe files e como usá-los corretamente
Swipe files são coleções organizadas de anúncios, títulos, e-mails, páginas de vendas e outras peças publicitárias que servem como fonte de inspiração para copywriters, designers e estrategistas.
Esses arquivos são verdadeiras minas de ouro quando usados da maneira certa. Eles mostram padrões, formatos, abordagens e estruturas que já foram testadas no campo de batalha. Mas seu valor não está em reproduzir o que está ali. Está em analisar, entender e adaptar.
Um swipe file bem utilizado é como um mapa de atalhos: você vê o que deu certo para outros, entende o porquê, e molda aquilo para sua realidade, seu público e sua proposta.
Aqui estão algumas boas práticas ao usar swipe files:
- Observe a estrutura do texto: como ele começa, como gera interesse, como conduz até a chamada para ação.
- Analise o tom de voz e a linguagem: é mais emocional, técnico, direto, informal?
- Identifique os gatilhos mentais utilizados: urgência, escassez, prova social, antecipação, entre outros.
- Reflita sobre como aquele anúncio se conecta com a dor ou o desejo do público-alvo.
Swipe não é colar. É estudar. E transformar.
Onde buscar boas referências
Hoje, você não precisa esperar por revistas antigas ou anúncios premiados para montar seu arquivo de ideias. Existem fontes modernas e riquíssimas, acessíveis a qualquer pessoa que saiba onde procurar:
- Facebook Ads Library – Um verdadeiro acervo público de anúncios ativos no Facebook e Instagram. Basta digitar o nome de uma marca, e você vê todos os criativos que ela está veiculando no momento. É uma forma eficaz de observar padrões em grandes players e concorrentes diretos.
- Swiped.co – Plataforma com dezenas (ou centenas) de anúncios, e-mails e páginas de vendas com histórico de performance. Muitos materiais são estrangeiros, então a adaptação para o mercado brasileiro é fundamental — mas o aprendizado estrutural é valioso.
- Instagram e redes sociais de concorrentes – Observar os posts patrocinados ou os conteúdos mais engajados de perfis concorrentes pode revelar muito sobre o que está funcionando com o público-alvo. Repare no formato, na abordagem, na chamada e no estilo de escrita.
- Anúncios que te impactaram pessoalmente – Aqueles que fizeram você parar, clicar ou até comprar. Salve. Estude. Anote por que funcionaram com você. Esse tipo de swipe é ainda mais valioso porque mexeu com a sua própria decisão de compra.
Adapte ao seu público e ao seu funil
Nenhuma referência funciona 100% se não for adaptada ao contexto certo. Esse é um erro clássico de quem começa a usar swipe files: aplicar estruturas e estilos sem considerar para quem está falando e em que momento da jornada o público está.
Por exemplo:
- Um anúncio usado por uma marca gigante, com alto nível de reconhecimento, não vai funcionar do mesmo jeito para um negócio que o público ainda não conhece.
- Um criativo de fundo de funil, que pressupõe um alto nível de consciência, pode gerar confusão se usado no topo da jornada, onde a audiência ainda está descobrindo o problema.
Sempre ajuste:
O nível de consciência da sua audiência (ela já conhece o produto, ou ainda está entendendo a dor?)
A etapa do funil (topo, meio ou fundo)
A linguagem e cultura do seu público
Os benefícios e diferenciais reais do seu produto ou serviço
Swipe com inteligência significa filtrar. É enxergar além da forma, e entender a função. É pegar o esqueleto da ideia, dar um banho de contexto e reestruturar para a sua realidade.
Conheça profundamente o seu público (ou está escrevendo para ninguém)

Existe uma verdade silenciosa que derruba até os copywriters mais experientes: se você não conhece profundamente o seu público, está escrevendo para ninguém.
Não importa o quão bem estruturado esteja o seu anúncio, o quão refinado seja seu texto ou o quão criativo esteja o seu visual. Se ele não fala com a pessoa certa, da forma certa, no momento certo, ele simplesmente passa despercebido.
E aqui está um dos segredos mais valiosos da escrita persuasiva: a copy mais poderosa não soa como algo escrito por um redator. Ela soa como algo que o público falaria para ele mesmo.
Vamos aprofundar isso.
A linguagem que gera identificação x a linguagem que gera rejeição
A sua audiência não quer ler um texto publicitário. Ela quer sentir que alguém entende a dor que ela está vivendo, o desejo que ela alimenta ou o problema que ela precisa resolver.
E a chave para isso está na linguagem.
- Linguagem que gera identificação: simples, direta, com palavras que o público usa no dia a dia. É a linguagem das conversas reais, não dos manuais. É quando a pessoa lê e pensa: “Parece que foi feito pra mim.”
- Linguagem que gera rejeição: técnica demais, genérica demais, formal demais. É o tipo de texto que parece escrito por alguém que não vive no mesmo mundo da audiência.
Quer um exemplo simples?
Um anúncio que diz: “Soluções inovadoras para gestão empresarial estratégica” parece muito bonito, mas não toca ninguém.
Agora veja esse:
“Cansado de fazer tudo sozinho na empresa e ainda sentir que nada saiu do lugar? A gente resolve isso com você.”
Percebe a diferença? O segundo parece uma conversa. Ele entende a dor. E isso cria conexão. É dessa forma que se começa a gerar conversão.
Como adaptar a copy e o criativo ao estágio de consciência do lead
Outro erro comum é usar a mensagem certa, mas no momento errado.
Imagine que você está vendendo um software de automação para pequenos negócios. Se a pessoa ainda nem sabe que tem um problema com gestão de tempo, não adianta mostrar funcionalidades técnicas ou falar de ROI. Ela ainda está no início da jornada. Ela precisa primeiro perceber que existe um problema que pode ser resolvido.
Por isso, entender o estágio de consciência do lead é vital. Eugene Schwartz, um dos mestres da copy, definiu cinco estágios principais:
- Totalmente Inconsciente – A pessoa não sabe que tem um problema.
- Consciente do Problema – Ela já sente a dor, mas não sabe que existe uma solução.
- Consciente da Solução – Sabe que há soluções, mas não conhece a sua.
- Consciente do Produto – Conhece o seu produto, mas ainda não decidiu.
- Totalmente consciente – Está quase pronta para comprar, só precisa de um empurrão final.
Saiba mais sobre os níveis de consciência aqui.
Cada estágio exige uma abordagem diferente, tanto na copy quanto no criativo:
Inconsciente? Use histórias, perguntas e provocações.
Consciente do problema? Mostre empatia e explore a dor.
Consciente da solução? Apresente os diferenciais.
Consciente do produto? Trabalhe prova social, autoridade, benefícios específicos.
Totalmente consciente? Use escassez, urgência e bônus.
Quer saber como começar qualquer carta de vendas? Veja aqui o artigo 6 maneiras fáceis de começar qualquer carta de vendas
Quando você alinha o conteúdo do anúncio com o nível de consciência do público, o impacto é imediato. A mensagem entra como uma luva.
Pesquisa prática: reviews, comentários e interações como matéria-prima de copy
Se você quer escrever uma copy poderosa, pare de adivinhar. As melhores respostas já estão por aí — você só precisa ouvi-las.
Comentários em posts, avaliações de produtos, perguntas frequentes em grupos, mensagens no seu inbox… tudo isso é matéria-prima rica para sua comunicação.
Ao analisar essas interações, você vai perceber:
- As palavras exatas que o público usa para descrever seus problemas
- As dúvidas mais comuns antes de comprar
- As objeções reais (não as que você acha que existem)
- O que faz alguém confiar ou desistir
- Quais benefícios são mais valorizados
Essa é a base da copy que conecta: usar a própria voz do público como espelho.
Crie um banco de frases reais. Copie palavras exatas. Construa argumentos baseados em dados reais, não em achismos. Quando você faz isso, seu anúncio para de parecer um texto publicitário e passa a ser uma conversa relevante.
Crie e alimente seu próprio swipe file de criatividade
Quer um dos hábitos mais simples e poderosos dos grandes copywriters, estrategistas e criativos? Eles não contam apenas com a inspiração. Eles colecionam ideias.
Sim, ao invés de esperar que a próxima sacada genial surja do nada, eles criam um acervo pessoal. Um swipe file secreto recheado de referências, ideias e peças que já provaram seu valor no campo de batalha.
Sim, eu já falei de swipe file lá atrás, mas em locais externos. Agora estou falando de você construir o seu próprio swipe file.
Um swipe file bem alimentado pode ser sua maior vantagem criativa. É como ter uma biblioteca personalizada de gatilhos, argumentos e estruturas que já funcionaram — e que você pode adaptar para cada novo projeto.
Vamos entender como criar isso do jeito certo.
Como montar seu acervo de inspirações reais
Seu swipe file não precisa começar como algo complexo. Na prática, ele é uma pasta — digital ou física — onde você guarda tudo que te chamou atenção e pode servir como inspiração futura.
Isso inclui:
- Anúncios que você viu nas redes e te fizeram clicar
- E-mails promocionais que prenderam sua atenção
- Headlines poderosas de páginas de vendas
- Vídeos que despertaram curiosidade ou provocaram desejo
- Comentários de clientes que revelam dores, objeções ou desejos
E não precisa limitar-se apenas ao seu nicho. Muitas das melhores sacadas vêm de observar o que funciona em mercados completamente diferentes — e pensar como adaptar aquilo à sua realidade.
Você pode usar ferramentas como pastas no Google Drive, cadernos do Notion, marcadores de e-mail, prints salvos no celular ou extensões de navegador. O formato importa menos do que a consistência. O que faz a diferença é alimentar esse arquivo sempre.
A importância de guardar ideias que te impactaram emocionalmente
Existe algo poderoso em observar os anúncios e conteúdos que mexeram com você. Porque quando uma mensagem te toca de verdade, ela ultrapassou a lógica e acessou o campo emocional — e é exatamente isso que a boa copy faz com o seu público.
Então, sempre que você se deparar com um texto, imagem, frase ou anúncio que:
- Fez você clicar sem pensar duas vezes
- Gerou um “uau, isso sou eu” na sua cabeça
- Causou curiosidade, desejo ou sensação de urgência
Salve. Mesmo que você não use aquilo de imediato, vai agradecer mais tarde por ter guardado.
Esses exemplos têm um valor especial: eles ativaram um gatilho em você, e provavelmente farão o mesmo com outras pessoas em contextos parecidos.
Com o tempo, seu swipe file vira uma enciclopédia emocional. E isso é muito mais valioso do que qualquer manual técnico.
Dica prática: organize por estrutura, objetivo e nicho
Se quiser elevar seu swipe file a outro nível, comece a organizar suas referências de maneira estratégica. Isso facilita muito na hora de criar uma nova peça.
Aqui vai uma forma simples e eficaz de categorização:
- Por estrutura: títulos, introduções, provas, chamadas para ação, bônus, garantias, storytelling, etc. Assim, quando você estiver travado em uma parte do texto, pode consultar exemplos parecidos.
- Por objetivo: gerar cliques, captar leads, vender, reter atenção, criar autoridade, quebrar objeções. Dessa forma, você acessa rapidamente ideias que servem para o mesmo propósito da sua campanha atual.
- Por nicho: marketing digital, saúde, educação, moda, serviços locais, info-produtos, etc. Isso ajuda na adaptação da linguagem e do contexto.
- Você pode até cruzar essas categorias: “títulos persuasivos usados em lançamentos de cursos online”, por exemplo. Isso transforma seu swipe em uma ferramenta poderosa de pesquisa aplicada, e não apenas um repositório desorganizado.
Anúncios criativos não nascem prontos: o poder do brainstorm em equipe
É comum pensar que o bom anúncio nasce de um momento de inspiração solitária, aquela “iluminação genial” que aparece do nada. Mas, na prática, o que constrói campanhas vencedoras é um processo coletivo, estruturado e, principalmente, iterativo. Um anúncio não nasce pronto. Ele é lapidado, testado, discutido e refinado.
E aqui entra um dos recursos mais subestimados no mundo da copy e do marketing: o brainstorm em equipe.
Mais do que juntar pessoas para trocar ideias, o brainstorm é uma ferramenta estratégica. Quando bem conduzido, ele amplia perspectivas, traz conexões inusitadas e expande soluções que você não enxergaria sozinho.
Como o olhar de outras pessoas amplia suas ideias
Quando estamos muito envolvidos com uma campanha, produto ou público, é natural desenvolver uma espécie de “visão viciada”. Você começa a repetir os mesmos argumentos, usar as mesmas estruturas e, sem perceber, trava dentro do seu próprio repertório.
A presença de outras pessoas, com diferentes experiências, olhares e níveis de conhecimento, quebra essa bolha. O que para você parecia “óbvio” pode ser visto de outro ângulo, mais simples ou mais provocativo. O que parecia suficiente, pode ser melhorado com um ajuste que só alguém de fora enxergaria.
Esse é o valor da diversidade de pontos de vista: alguém sempre vê o que você não vê.
E mais: você não precisa reunir um time inteiro de copywriters para fazer isso funcionar. Pessoas da equipe de design, tráfego, atendimento, comercial e até mesmo clientes reais podem contribuir com insights valiosos. Porque todos têm algo em comum: contato com o comportamento humano.
Dicas para rodadas criativas produtivas
Para que o brainstorm funcione de verdade e não vire uma reunião sem foco, vale adotar dinâmicas criativas que direcionam a energia do grupo. Aqui vão três que funcionam muito bem:
1. Headline wars
Cada participante cria de 3 a 5 variações de headlines para um mesmo anúncio. Depois, todas são colocadas em uma tela ou quadro. O grupo vota nas mais impactantes, justifica a escolha e analisa os elementos que funcionam em cada uma. Essa dinâmica ajuda a afiar o olhar para o que chama atenção de verdade.
2. Combinação maluca
A proposta aqui é brincar com combinações improváveis. Misture ideias, ângulos, abordagens, metáforas e linguagens diferentes. Por exemplo: “Como vender um curso de Excel usando uma narrativa de ficção científica?” Pode parecer bizarro, mas esse tipo de exercício expande o repertório criativo e pode revelar saídas originais para problemas comuns.
3. Votação interna cega
Após gerar várias ideias de texto, imagem ou chamadas para ação, compartilhe as opções com a equipe sem identificar os autores. Todos votam nas melhores ideias com base apenas no impacto da mensagem. Isso evita viés e estimula a produção de conteúdo focado no público, não no ego de quem criou.
Essas práticas ajudam a transformar sessões criativas em momentos produtivos e colaborativos, onde o foco está sempre em encontrar a melhor solução, não a mais elaborada.
Brainstorm tático: copy + design + estratégia juntos
Existe uma diferença enorme entre um brainstorm criativo e um brainstorm tático. No primeiro, o objetivo é gerar ideias soltas. No segundo, o foco é construir um anúncio completo, onde copy, design e estratégia se complementam.
É nesse ponto que o verdadeiro diferencial acontece: quando todos os elementos da campanha estão alinhados intencionalmente.
Imagine o seguinte cenário:
Você escreve uma copy com um tom emocional, que explora a dor do público. Mas o design entrega um visual frio, técnico, com ícones e cores que transmitem racionalidade. A mensagem quebra.
Ou então, você tem um anúncio visualmente incrível, com uma chamada poderosa… mas que leva para uma página de destino genérica, sem coerência com o anúncio. O clique acontece, mas a conversão morre ali.
No brainstorm tático, esses ruídos são eliminados desde o início. Todos os envolvidos no processo criativo estão na mesma mesa — ou na mesma call — discutindo juntos:
- Qual é o objetivo dessa campanha?
- Quem é o público e em que estágio de consciência ele está?
- Qual será o gancho principal?
- Qual a emoção que queremos provocar?
- Como a copy se conecta com o visual?
- A landing page reforça ou quebra a promessa do anúncio?
Quando copy, design e tráfego trabalham de forma integrada desde o brainstorm, o resultado é um anúncio com mais consistência, mais coerência e muito mais poder de conversão.
Estrutura de um anúncio criativo com copy matadora
Criar um anúncio que chama atenção é só o primeiro passo. O verdadeiro desafio é manter essa atenção, despertar desejo e, por fim, provocar uma ação. Ou seja, transformar curiosidade em clique — e clique em conversão.
Isso exige muito mais do que criatividade solta. Exige estrutura. E não qualquer estrutura, mas uma que seja capaz de guiar o leitor por uma jornada emocional e racional, com começo, meio e fim. Uma jornada onde cada palavra tem um papel estratégico. E essa estrutura existe.
Aqui, você vai entender como montar um anúncio criativo que não apenas brilha, mas vende de verdade.
Vamos quebrar isso em partes.
Headline que chama atenção sem clickbait barato
A primeira linha do seu anúncio é como uma porta de entrada. Se ela não for interessante, ninguém vai querer entrar. Mas atenção: interessante não significa exagerada, mentirosa ou apelativa. Clickbait até gera cliques, mas mata a confiança — e a conversão morre junto.
Uma boa headline é aquela que:
- Aborda diretamente uma dor ou desejo do público
- Cria curiosidade real (não forçada)
- Mostra que há algo de valor na sequência
- Usa linguagem próxima da audiência
Exemplo:
- Fraco: “Fique rico com postagens no Instagram”
- Forte: “Como tripliquei minhas vendas no Instagram com um funil simples (sem investir em tráfego pago)”
Tem muita gente que gosta de clicar no primeiro e, por mais que pareça forte, é um “clickbait”. Mas se você quer mesmo, é genérico, não é crível e não gera curiosidade. Já o segundo exemplo é específico e alcançável e ainda quebra uma objeção.
Promessa clara e específica
Depois de atrair atenção, o próximo passo é manter o interesse e transformar isso em desejo. E aqui entra a promessa: o que o leitor ganha ao continuar lendo ou ao clicar?
Promessas genéricas não funcionam mais. “Melhore sua vida”, “Ganhe dinheiro online” ou “Transforme seu negócio” são frases que não dizem nada. Elas são vazias porque não falam do que realmente importa: resultado específico com caminho plausível.
Uma boa promessa tem três elementos:
- O que será entregue
- Em quanto tempo ou com qual esforço
- Com qual diferencial (ou por que isso é diferente do que já tentaram antes)
Exemplo:
- “Aprenda a montar um funil de vendas automatizado, mesmo que você não entenda nada de tecnologia — em menos de 7 dias”
Prova (social, dados, demonstração)
O leitor pode gostar da ideia. Mas para acreditar, ele precisa ver a prova. Aqui você tem várias opções:
- Prova social: depoimentos de clientes, número de alunos, avaliações, comentários reais.
- Dados concretos: estatísticas, métricas de resultados, comparações antes e depois.
- Demonstração: mostre o produto em uso, revele o método, compartilhe bastidores.
A prova funciona como uma âncora emocional e racional. Ela reduz a dúvida e constrói credibilidade. É nessa etapa que o leitor pensa: “Se funcionou para essas pessoas, pode funcionar para mim também.”
CTA direto e contextualizado
Agora que você chamou atenção, entregou valor e provou que é real, é hora de guiar para a ação. Mas não qualquer ação. Um bom CTA (call to action) é específico, relevante e contextual.
Evite CTAs genéricos como “Clique aqui” ou “Saiba mais” sem conexão com a mensagem. Um CTA eficiente reforça a promessa e deixa claro o que acontece depois do clique.
Exemplos:
“Baixe agora o guia gratuito e monte sua estratégia de vendas em 7 dias”
“Assista ao vídeo e veja na prática como o método funciona”
“Fale com um especialista e descubra o plano ideal para seu negócio”
Quanto mais você conecta o CTA com o conteúdo do anúncio, maior a taxa de conversão.
Exemplo de estrutura: AIDA + storytelling + gatilho mental
Para criar um anúncio completo e coeso, você pode aplicar um modelo que une três elementos poderosos:
- AIDA: Atenção, Interesse, Desejo, Ação
- Storytelling: uma história curta que humanize o problema ou o resultado
- Gatilho mental: uma técnica de persuasão para potencializar a mensagem
Exemplo prático:
- Atenção: “Há 6 meses, eu estava prestes a desistir do meu negócio. Nada funcionava.”
- Interesse: “Foi aí que descobri um método que me ajudou a organizar meu funil e parar de depender de promoções desesperadas.”
- Desejo + Storytelling: “Em menos de 30 dias, bati meu melhor faturamento. E o melhor: sem investir um real a mais em anúncios. Só reestruturando minha oferta.”
- Prova: “Hoje, 347 empreendedores usam esse mesmo sistema.”
- Ação com gatilho mental de escassez: “A nova turma abre na próxima semana. Se quiser entrar na lista de espera, clique aqui agora.”
Veja como tudo se conecta: emoção, resultado, credibilidade e urgência. Essa é a espinha dorsal de um anúncio criativo com copy matadora.
Exemplos de Anúncios Criativos Baseados em Técnicas de Copywriting
A teoria é essencial, mas é na prática que a mágica acontece. Ver como os conceitos de copywriting se aplicam em anúncios reais — e o que dá certo ou não — é um dos caminhos mais eficazes para dominar a criação de campanhas persuasivas.
Por isso, nesta seção, vamos analisar dois anúncios de nichos distintos, com um olhar cirúrgico sobre o que funcionou, o que poderia melhorar e, principalmente, como os princípios do copywriting se manifestam na prática.
Vamos direto aos exemplos.
Anúncio 1: Curso de Inglês Online para Adultos (Nichos: Educação e Desenvolvimento Pessoal)
- Headline: “Aprenda inglês do zero com aulas práticas e sem enrolação, mesmo que você nunca tenha conseguido antes”
- Imagem: Uma mulher sorridente, com cerca de 40 anos, assistindo a uma aula no celular. Em destaque, os dizeres: “Aula 100% prática e focada na vida real”
Texto do anúncio:
“Você já tentou aprender inglês, mas desistiu porque as aulas eram chatas, cheias de regras e sem sentido?
Aqui, a metodologia é diferente. Nada de gramática seca. Você aprende conversando. Desde a primeira aula, você já começa a falar.
E o melhor: com suporte personalizado e sem precisar sair de casa.
Clique no botão abaixo e experimente uma aula gratuita. Você vai perceber que, desta vez, é diferente.”
CTA: “Quero testar uma aula”
O que funcionou:
- Headline forte e empática: a promessa é clara, específica e quebra uma objeção comum (tentativas frustradas anteriores).
- Imagem contextualizada: transmite praticidade e identificação com o público-alvo.
- Texto conversacional: parece uma conversa franca, humana, e isso gera conexão.
- Prova indireta: “você vai perceber que, desta vez, é diferente” reforça que houve mudança real no método.
- CTA personalizado: foge do genérico “saiba mais” e foca na ação com benefício (“testar uma aula”).
O que poderia ser melhorado:
- Prova social mais concreta: incluir número de alunos ou depoimento real aumentaria a credibilidade.
- Gatilho de escassez ou urgência: falta um senso de tempo ou oportunidade limitada que incentive a ação imediata. Mas ao invés de dizer que as vagas — do curso digital — são limitadas (o que não é), diga que quanto antes ela começar, mais cedo vai estar falando, por exemplo.
Anúncio 2: Software de gestão para clínicas médicas (Nichos: Tecnologia e Saúde)
- Headline: “Otimize o tempo da sua equipe com um sistema inteligente e 100% integrado”
- Imagem: Interface limpa do sistema com uma clínica moderna ao fundo. Texto sobreposto: “Agendamentos, prontuários e pagamentos em um só lugar”
Texto do anúncio:
“Você ainda perde tempo com planilhas, agendas manuais e controles separados?
Nosso sistema foi criado para clínicas como a sua, que precisam de mais eficiência e menos burocracia.
Automatize processos, reduza erros e tenha mais tempo para focar no que importa: os pacientes.
Comece hoje com um teste gratuito.”
CTA: “Testar agora”
O que funcionou:
- Headline direta e funcional: promete benefício claro para um problema real e recorrente.
- Imagem que reforça a solução: visual do sistema + clínica moderna criam associação de profissionalismo e inovação.
- Tom objetivo: o texto é claro, técnico na medida certa e foca nos ganhos práticos.
- Promessa clara: economia de tempo, redução de erros, foco no essencial.
- Chamada para ação coerente com o fluxo de decisão: “testar agora” combina com a proposta de experimentação.
O que poderia ser melhorado:
- Falta um gancho emocional mais forte: o anúncio está racional, mas pouco emocional. Incluir uma pequena história ou exemplo de transformação tornaria o impacto mais memorável.
- Sem destaque para diferenciais específicos: o anúncio não diz por que esse software é melhor do que outros. Um único diferencial (exclusividade, suporte, personalização) já aumentaria a autoridade percebida.
O que aprendemos com esses exemplos
- Uma boa headline não precisa ser sensacionalista — ela precisa ser clara, relevante e direcionada à dor ou desejo do público.
- Imagens devem trabalhar junto com a copy — reforçando a mensagem central, e não apenas preenchendo espaço visual.
- Copy boa conversa com o leitor — seja técnica, emocional ou híbrida, ela precisa parecer escrita para aquela pessoa específica.
- CTAs precisam ser contextuais e orientados para a ação — quanto mais conectados com a jornada do usuário, melhor a conversão.
- Cada elemento conta — do título à prova, da promessa à estrutura, do tom ao ritmo. Tudo influencia no comportamento do leitor.
Checklist final para criar anúncios criativos com copy estratégica

Depois de tudo o que exploramos até aqui, talvez você esteja se perguntando: como garantir que meu anúncio está realmente pronto para ir ao ar? Como saber se a copy está afiada, o visual está alinhado e a estrutura tem poder de conversão?
Bom, tenha um checklist estratégico.
A criação de anúncios criativos com foco em resultados não deve depender apenas da inspiração do dia. Ela precisa de critérios objetivos, uma espécie de mapa de validação que mostre se o que foi produzido está realmente pronto para performar.
Por isso, criei um checklist que funciona como seu guia prático. Um roteiro direto ao ponto, mas embasado em tudo que vimos até aqui. Use essa lista toda vez que for revisar um criativo, seja para tráfego pago, redes sociais ou mesmo campanhas orgânicas.
Vamos a cada item com contexto e explicação.
O anúncio é claro?
Essa é a primeira pergunta — e talvez a mais importante. A clareza precede qualquer outro fator. Se a pessoa não entende de cara o que está sendo oferecido, qual o problema que você resolve ou por que aquilo importa, todo o resto se torna irrelevante.
Leia seu anúncio em voz alta e pergunte: uma pessoa que nunca ouviu falar da sua marca entenderia?
Se a resposta for “mais ou menos”, ainda não está pronto.
A headline é relevante e instigante?
A função da headline é parar o scroll. Mas mais do que isso, ela deve ser relevante para quem lê. Uma headline forte toca numa dor, desejo ou interesse específico da sua audiência — e ao mesmo tempo gera curiosidade sobre o que vem a seguir.
Ela deve instigar, mas sem prometer o que não entrega. Nada de clickbait. O foco é capturar atenção com integridade.
Há uma promessa ou benefício específico?
Toda copy persuasiva gira em torno de uma promessa clara. O leitor precisa saber exatamente o que ele ganha ao clicar, assistir ou ler mais.
Evite frases genéricas como “a melhor solução para o seu negócio”. Seja específico. Diga qual transformação acontece, em quanto tempo e com quais diferenciais. Quanto mais concreto, maior a chance de convencimento.
Existe prova ou credibilidade?
A promessa pode ser ótima, mas o leitor precisa acreditar que é real. E é aí que entra a prova.
Pode ser um dado estatístico, um depoimento, uma avaliação, um case de sucesso ou uma demonstração prática. Não subestime o poder da validação social. Ela transforma desconfiança em ação.
O CTA é direto e forte?
Seu anúncio pode ser incrível, mas sem um call to action bem definido, o leitor fica perdido. Ele precisa saber exatamente o que fazer depois.
Evite comandos genéricos. Em vez de “clique aqui”, use chamadas mais direcionadas como “baixe agora”, “agende sua consultoria”, “assista a aula gratuita” ou “experimente sem compromisso”. Dê clareza e incentive ação imediata.
O visual complementa e não compete com a copy?
O design do anúncio deve ser seu aliado, não seu inimigo. Se o visual rouba a atenção da mensagem ou transmite um sentimento que contradiz o texto, há um problema.
O bom criativo visual reforça o que está sendo dito. Pode ser por contraste, por destaque da mensagem principal ou por uso inteligente de cores, elementos e imagens que falam a mesma língua da copy.
O anúncio respeita o nível de consciência do público?
Essa talvez seja a camada mais estratégica. Um ótimo anúncio para o público errado é um anúncio perdido.
Avalie: em que ponto da jornada seu público está? Ele já conhece o problema? Já entende a solução? Já ouviu falar de você?
Se o anúncio está falando com alguém em fase de descoberta como se ele já estivesse pronto para comprar, a taxa de rejeição será alta.
Ajuste o tom, a profundidade da copy e o tipo de oferta conforme o estágio de consciência do lead.
Conclusão + Convite à ação
Se você chegou até aqui, já entendeu que anunciar bem não é sobre ter ideias mirabolantes ou seguir modinhas passageiras. É sobre aplicar método, clareza, conhecimento do público e, principalmente, copy com INTENÇÃO.
Ao longo deste conteúdo, desmistificamos a ideia de que anúncios precisam ser apenas criativos para performar. A criatividade é bem-vinda, mas ela precisa ser útil. Precisa servir a um propósito. Precisa comunicar e converter.
E quando essa criatividade se une a uma estrutura estratégica de copy — com headlines que realmente chamam atenção, promessas claras, provas convincentes, chamadas para ação fortes e mensagens adaptadas ao estágio de consciência do seu público — o resultado muda completamente.
Você não apenas chama atenção.
Você gera desejo.
Você provoca ação.
Você vende.
Essa é a equação que move os anúncios que geram resultado de verdade: criatividade estratégica + copy focada em conversão.
Agora que você está com essa base sólida, é hora de sair do modo aprendizado e entrar no modo execução.
Ação prática: leve esse conhecimento para o seu negócio
Aqui vai o desafio que pode mudar completamente a forma como você comunica seus produtos ou serviços:
Escolha um produto seu. Apenas um. Pegue o anúncio que você já usa para ele (ou comece um do zero) e reescreva aplicando os seis pilares que aprendemos hoje:
- Clareza
- Relevância na headline
- Promessa específica
- Prova concreta
- CTA contextualizado
- Adequação ao nível de consciência do público