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17 de março de 2025Se você já tentou escrever uma copy e sentiu que faltava algo, provavelmente foi porque não seguiu um princípio essencial: toda copy se apoia em fundamentos sólidos.
Não se trata de truques baratos ou fórmulas mágicas, mas sim de uma estrutura comprovada que guia o leitor da atenção à ação. Grandes copywriters não escrevem ao acaso – eles seguem premissas que garantem impacto, conexão e conversão.
Mas antes de mergulharmos nesse assunto, quero que você entenda algo importante: escrever uma copy matadora não é sobre dom inato. É sobre técnica, estratégia e, acima de tudo, compreensão do ser humano. Afinal, quando você entende profundamente quem está do outro lado, as palavras fluem naturalmente, como se estivessem conversando diretamente com aquela pessoa.
Por isso, vou compartilhar com você as 7 premissas fundamentais do copywriting que transformam palavras comuns em uma máquina de vendas. São princípios atemporais que, quando aplicados corretamente, fazem com que seu público perceba que sua oferta é irresistível.
Essas premissas são como os pilares de um edifício: sem elas, a copy desmorona. E a melhor parte? Qualquer pessoa pode usá-las, independentemente do nicho ou do nível de experiência.
Se você deseja elevar suas habilidades e escrever textos que vendem de verdade, então continue lendo. Vamos explorar cada uma dessas premissas e entender por que elas são indispensáveis para criar uma copy eficaz.
1 – Contexto

Já tentou contar uma piada para um grupo de pessoas sem saber nada sobre elas?
Pode ser que algumas até riram da sua piada, mas é bem provável que a maioria ficou com cara de “não entendi” ou achou você sem graça. Agora, pense no copywriting como uma conversa. Se você não conhece o seu público, o mercado em que ele está inserido e as necessidades que ele tem, suas palavras vão cair no vazio. É aí que entra o contexto – a base invisível, mas essencial, de todo copy que realmente funciona.
O Que é contexto no copywriting?
Contexto é o cenário completo em que o seu texto será lido. É o ambiente, as circunstâncias e as expectativas que cercam o seu público-alvo. Em outras palavras, é entender:
- O Mercado: Qual é o setor em que você está atuando? Quais são as tendências, os desafios e as oportunidades?
- O Público-Alvo: Quem são essas pessoas? Quais são suas dores, desejos, medos e aspirações?
- As Necessidades Específicas: O que elas estão buscando no momento? Qual problema elas querem resolver?
Sem contexto, você está basicamente escrevendo no escuro. E, convenhamos, ninguém quer desperdiçar tempo e energia criando um texto que não vai ressoar com ninguém, certo?
Por que o contexto importa?
Um texto fora de contexto é um texto que falha. Pode ser o copy mais bem escrito do mundo, mas se ele não estiver alinhado com o que o público precisa ouvir naquele momento, ele não vai engajar, muito menos converter. Pare pra pensar…
Você não oferece um guarda-chuva para alguém que está dentro de casa, assim como não vende um curso de investimentos para quem está preocupado em pagar as contas do mês. O contexto define o que, quando e como você deve comunicar. E te mais.
O contexto também ajuda a criar empatia. Quando você entende o que seu público está passando, você consegue falar diretamente com ele, usando a linguagem certa, no tom certo e com os argumentos certos. É como sintonizar a mesma frequência.
Dicas práticas: como pesquisar e definir o contexto certo
Agora que você já entendeu a importância do contexto, vamos para a parte prática. Como você descobre e define o contexto certo antes de começar a escrever? Aqui estão algumas dicas poderosas:
Conheça seu público a fundo
- Crie personas detalhadas. Quem é essa pessoa? Qual é a idade, profissão, renda, hobbies?
- Entenda as dores. O que a mantém acordada à noite? O que ela deseja alcançar?
- Use ferramentas como pesquisas, entrevistas e análise de dados para coletar informações reais.
Estude o mercado
- Analise a concorrência. O que eles estão fazendo bem? O que está faltando?
- Identifique tendências e mudanças no setor. O que está em alta? O que está obsoleto?
- Entenda o momento econômico e social. Como isso afeta o comportamento do seu público?
Mapeie o momento do cliente
- Onde ele está na jornada de compra? Ele está apenas descobrindo um problema ou já está pronto para comprar?
- Qual é o gatilho emocional que o levou até você? Medo, desejo, urgência?
- O que ele espera encontrar no seu texto? Informação, inspiração, uma solução rápida?
Adapte a linguagem e o tom:
- Use palavras e expressões que o público usa. Se você está falando com jovens, por exemplo, um tom descontraído e cheio de gírias pode funcionar. Já para profissionais sêniores, um tom mais formal e técnico é mais adequado.
- Considere o canal de comunicação. Um texto para Instagram precisa ser diferente de um texto para um e-mail ou um site corporativo.
Teste e ajuste
- Depois de publicar, monitore os resultados. O texto engajou? Gerou conversões?
- Use feedbacks e métricas para refinar seu entendimento do contexto e melhorar os próximos textos.
Exemplos reais
1 – Leia a Carta de Vendas de 2 bilhões de dólares. É uma copy do The Wall Street Journal que foi usada por 23 anos. Ela fala sobre dois homens muito parecidos. Mesmo 25 anos depois, ainda tinham algumas semelhanças.
O contexto: A descrição desses homens estava perfeitamente alinhada com os leitores do jornal. Isso fez com que cada um deles se visse naquela história.
2 – Um amigo, vendedor de planos funerários, sempre olhava os jornais em busca de notícias de falecimento. Em seguida ele ia até a rua ou condomínio onde a pessoa morava para oferecer planos aos vizinhos.
O contexto: A notícia do falecimento de um conhecido faz a gente pensar sobre a nossa vez. E o conforto de ter uma empresa pra cuidar de tudo alivia um pouco a carga daqueles que amamos.
2. Solução

O que você está realmente vendendo?
Vamos falar a verdade: ninguém compra um produto ou serviço só porque ele existe. As pessoas compram soluções para seus problemas. E é aí que muitos redatores e empreendedores erram feio. Eles ficam tão empolgados em listar todas as características do seu produto que esquecem de traduzir isso em algo que realmente importa para o cliente.
Características, benefícios e transformação: entenda a diferença
Primeiro, vamos deixar claro: características não são benefícios. E benefícios, por mais poderosos que sejam, ainda não são a transformação que o cliente deseja. Vamos por partes:
Características:
São os detalhes técnicos, as especificações do seu produto ou serviço. Por exemplo: “Este carro tem 200 cavalos de potência.”
Legal, mas e daí? O que isso significa para o cliente?
Benefícios:
Aqui é onde a mágica começa a acontecer. Benefícios explicam por que aquela característica importa.
“Com 200 cavalos de potência, você ultrapassa com segurança e chega mais rápido ao seu destino.”
Agora sim, estamos começando a falar a língua do cliente.
Transformação:
Esse é o nível máximo. A transformação é o resultado final que o cliente deseja. É a mudança que ele busca na vida dele.
“Com um carro potente, você ganha tempo no trânsito, chega ao trabalho mais relaxado e aproveita mais momentos com sua família.”
Percebeu? Não estamos vendendo um carro. Estamos vendendo tempo, conforto e conexão.
Por que isso importa?
O leitor não quer saber o que o seu produto faz. Ele quer saber o que o seu produto faz POR ELE.
Pense comigo: quando você está procurando uma solução, você quer algo que resolva seu problema de forma tangível, não uma lista de funcionalidades que você nem sabe como usar. O cliente está buscando alívio, praticidade, status, felicidade, segurança… algo que faça a vida dele melhor.
E é aí que entra o seu papel como copywriter: traduzir características em benefícios e, finalmente, em transformação.
Como mapear os problemas do público e posicionar sua oferta como a solução ideal
Agora que você já entendeu a diferença entre características, benefícios e transformação, vamos para a prática. Como você descobre os problemas do seu público e posiciona sua oferta como a solução ideal? Siga esses passos:
Conheça seu público a fundo
- Quem é sua persona? Quais são as dores, desejos e medos dela?
- Use pesquisas, entrevistas e análises de comportamento para entender o que realmente importa para ela.
Identifique os problemas reais
- Não fique na superfície. Vá além dos problemas óbvios e descubra as dores emocionais por trás deles.
- Por exemplo: alguém que busca um curso de finanças não quer apenas aprender a investir. Ela quer segurança, liberdade e paz de espírito.
Conecte os pontos
- Mostre como seu produto ou serviço resolve aquela dor específica.
- Use exemplos concretos e histórias que ilustrem a transformação.
Destaque os benefícios e a transformação
- Não se limite a listar características. Explique como elas impactam positivamente a vida do cliente.
- Use linguagem emocional e visual para pintar um quadro claro do “depois” – a vida do cliente após usar sua solução.
Neste artigo eu falo mais sobre o assunto.
Exemplo prático: do básico ao transformador
Vamos pegar um exemplo simples: uma cafeteira elétrica.
Característica: “Cafeteira com timer programável.”
Benefício: “Prepare seu café fresquinho todos os dias, no horário que você escolher, sem precisar levantar da cama.”
Transformação: “Comece o dia com mais energia e disposição, aproveitando cada momento da sua manhã sem correria.”
Percebeu a diferença? No final, você não está vendendo uma cafeteira. Você está vendendo uma manhã mais tranquila e produtiva.
3. Gancho

Você tem 3 segundos. Esse é o tempo médio que você tem para prender a atenção de alguém antes que ela role a tela, feche a aba ou simplesmente desista de ler. Parece pouco? É porque é. Mas se você acertar o gancho, você não só conquista esses 3 segundos como também mantém o leitor grudado até o final.
O que é um gancho no copywriting?
O gancho é a isca do seu texto. É aquela primeira frase, título ou imagem que faz o leitor pensar: “Ei, isso é para mim!” ou “Uau, preciso saber mais sobre isso!”.
Mas não é só sobre chamar a atenção. Um bom gancho também promete valor. Ele dá uma prévia do que o leitor vai ganhar ao continuar lendo. Pode ser uma solução para um problema, uma informação valiosa ou até mesmo uma história que ele não consegue parar de acompanhar.
Em resumo: o gancho é a sua primeira (e talvez única) chance de convencer alguém a continuar lendo. E, acredite, ele faz toda a diferença entre um texto que engaja e um texto que é ignorado.
Por que o gancho é tão importante?
Vivemos na era da sobrecarga de informação. Todo dia, somos bombardeados com milhares de mensagens, anúncios e posts. E, nesse mar de conteúdo, o seu texto precisa se destacar.
Um gancho eficaz faz duas coisas:
- Captura a atenção: Ele interrompe o padrão de rolagem automática e faz o leitor parar para olhar.
- Gera curiosidade: Ele cria uma lacuna de informação que só pode ser preenchida se o leitor continuar lendo.
Sem um gancho forte, seu texto pode ser incrível, mas ninguém vai saber. Porque ninguém vai ler.
Tipos de ganchos que funcionam
Agora que você já sabe o que é um gancho e por que ele é importante, vamos falar sobre os tipos de ganchos que você pode usar. Aqui estão alguns dos mais poderosos:
Perguntas provocativas
Perguntas diretas envolvem o leitor e fazem ele refletir.
Exemplo: “Você sabia que 90% das pessoas cometem esse erro ao tentar economizar dinheiro?”
Estatísticas surpreendentes
Números chamam a atenção e dão credibilidade ao seu argumento.
Exemplo: “7 em cada 10 empreendedores fecham as portas nos primeiros 2 anos. Descubra como não ser mais um número nessa estatística.”
Histórias cativantes
Histórias criam conexão emocional e mantêm o leitor curioso para saber o final.
Exemplo: “Ele tinha apenas US$ 100 quando decidiu começar um negócio. Em poucos anos, já estava milionário. Como ele fez isso?”
Promessas ousadas
Promessas claras e concretas geram expectativa e mostram o valor do conteúdo.
Exemplo: “Aprenda a dobrar suas vendas em 30 dias com essa estratégia simples.”
Declarações polêmicas ou contraintuitivas:
Ideias que desafiam o senso comum geram curiosidade e engajamento.
Exemplo: “Parar de trabalhar duro foi a melhor coisa que eu fiz pelo meu negócio.”
Como criar um gancho eficaz
Criar um gancho não é uma ciência exata, mas existem algumas práticas que podem aumentar suas chances de sucesso. Aqui estão as principais:
Conheça seu público
Um gancho só funciona se ele ressoar com o leitor. Então, antes de tudo, entenda as dores, desejos e interesses do seu público.
Pergunte-se: O que faria essa pessoa parar e prestar atenção?
Seja claro e direto
Evite rodeios. Um bom gancho vai direto ao ponto e deixa claro o que o leitor vai ganhar ao continuar lendo.
Exemplo ruim: “Vamos falar sobre como melhorar suas vendas.”
Exemplo bom: “Descubra o segredo que aumentou as vendas da minha loja em 300% em apenas um mês.”
Use gatilhos mentais
Medo, curiosidade, urgência, desejo… esses são alguns dos gatilhos que podem tornar seu gancho irresistível.
Exemplo: “Você está deixando dinheiro na mesa? Descubra como recuperar até 20% do seu faturamento perdido.”
Saiba mais sobre gatilhos mentais aqui.
Teste diferentes abordagens
Nem todo gancho funciona para todo público. Teste diferentes tipos (perguntas, estatísticas, histórias) e veja qual gera mais engajamento.
Use ferramentas como A/B testing para comparar resultados.
Mantenha a coerência:
O gancho é só o começo. O resto do texto precisa entregar o que ele prometeu, senão o leitor vai se sentir enganado.
Exemplo: Se você prometeu uma solução para um problema, garanta que o texto realmente ofereça essa solução.
Exemplo prático: gancho em ação
Vamos pegar um exemplo simples: um texto sobre produtividade.
Gancho Fraco:
“Aprenda a ser mais produtivo no trabalho.”
Genérico demais. Não chama a atenção nem gera curiosidade.
Gancho Forte:
“Você trabalha o dia todo e ainda sente que não fez o suficiente? Descubra o método pomodoro e transforme sua produtividade.”
Aqui, o gancho identifica uma dor comum (sentir que não fez o suficiente), promete uma solução simples (método pomodoro) e gera curiosidade (o que é esse método?).
4. Promessa

Imagine que você precisa pegar um ônibus para ir em um evento a alguns quilômetros da sua casa. Mas todos os ônibus que passam não tem informação para onde estão indo ou por onde vão passar.
Você pegaria esse ônibus sem ao menos perguntar ao motorista para onde ele vai?
Poisé, a placa principal dele indica para onde está indo. A placa secundária, que costuma estar mais embaixo ou na porta, indica o caminho que ele vai seguir. Ou seja, é a promessa do lugar que ele vai te levar e do caminho que vai seguir se você subir no ônibus.
A copy funciona da mesma maneira. Se não tiver uma promessa clara indicando o que vai entregar, dificilmente o leitor embarcará. Mas também não é só isso…
Você entraria num ônibus clandestino?
Provavelmente, você vai escolher um ônibus credenciado e fiscalizado pelas entidades competentes. Isso é a garantia que você têm pra chegar no seu destino. Portanto…
A promessa precisa gerar confiança.
Por isso, você precisa mostrar ao leitor que você entende o problema dele e tem a solução que ele precisa. Prometer demais ou de menos pode arruinar tudo.
A importância de uma promessa clara e realista
Uma promessa é o coração do seu copy. É o que faz o leitor pensar: “Isso é exatamente o que eu preciso!” Mas para que ela funcione, ela precisa ser duas coisas: clara e realista.
- Clara: A promessa deve ser fácil de entender. Nada de linguagem vaga ou cheia de jargões. O leitor precisa saber exatamente o que ele vai ganhar ao continuar lendo.
- Realista: Prometer a lua e as estrelas pode até chamar a atenção, mas se você não conseguir entregar, o leitor vai se sentir enganado. E aí, adeus confiança.
Uma boa promessa é como um contrato não escrito entre você e o leitor. Ela diz: “Se você continuar lendo, eu vou te dar isso.” E, claro, você precisa cumprir sua parte do acordo.
Como fazer uma promessa convincente
Agora que você já entendeu a importância de uma promessa clara e realista, vamos para a parte prática. Como criar uma promessa que realmente convence? Aqui estão algumas dicas poderosas:
Conheça as dores do seu público
Antes de prometer qualquer coisa, você precisa saber exatamente o que o seu público está buscando.
Pergunte-se: Qual é o problema que ele quer resolver? O que ele deseja alcançar?
Seja específico
Evite promessas vagas como “Aprenda a ganhar mais dinheiro.” Em vez disso, seja específico: “Descubra como aumentar suas vendas em 30% em apenas 4 semanas.”
Quanto mais concreto, mais convincente.
Mostre o benefício principal
A promessa deve destacar o benefício mais atraente da sua oferta.
Exemplo: “Aprenda a cozinhar pratos gourmet em casa e impressione seus amigos no próximo jantar.”
Use prova social ou credibilidade:
Se possível, inclua elementos que aumentem a confiança na sua promessa, como depoimentos, estatísticas ou certificações.
Exemplo: “Já ajudamos mais de 1.000 pessoas a perder peso de forma saudável. Agora é a sua vez.”
Mantenha a realidade
Prometa apenas o que você pode entregar. Exagerar pode gerar expectativas irreais e frustração.
Exemplo ruim: “Emagreça 10kg em 3 dias sem esforço.”
Exemplo bom: “Perda de peso consistente e saudável com um plano alimentar personalizado.”
Exemplos de promessas claras e realistas
Para inspirar você, aqui estão alguns exemplos de promessas que funcionam:
Para um curso online
Seja específico, realista e mostre o benefício principal.
“Aprenda a falar inglês fluente em 6 meses, estudando apenas 60 minutos por dia.”
Para um produto de beleza
Prometa um resultado tangível em um prazo realista e use credibilidade.
“Reduza as rugas e tenha uma pele mais jovem em apenas 4 semanas, com nosso sérum anti-idade comprovado por dermatologistas.”
Para um serviço de consultoria
Mostre um benefício claro, um prazo implícito e prova social.
“Aumente o faturamento da sua empresa em 25% com estratégias de marketing que já ajudaram mais de 500 negócios como o seu.”
Para um E-book
Gere curiosidade e prometa um benefício prático.
“Descubra os 7 segredos que vão transformar sua produtividade e te ajudar a ganhar 2 horas a mais no seu dia.”
5. Persona

Não só nesse post, mas em vários outros eu estou sempre reforçando a necessidade de entender o público. Mas eu faço isso porque escrever para a pessoa certa é crucial para uma copy de sucesso. Até porque…
Você não vai conseguir vender um terno de grife para um surfista que vive de bermuda e chinelo. Ou oferecer uma geladeira para um esquimó. Soa absurdo, não é? Mas é exatamente isso que acontece quando você escreve um texto sem saber para quem está falando.
Aqui entra a persona – a representação fictícia do seu cliente ideal. Ela é a chave para criar um copy que não apenas atinge o público certo, mas também ressoa profundamente com ele. E hoje, vou te mostrar como dominar essa arte. Vamos lá?
O que é uma persona e por que ela é tão importante?
Uma persona é um perfil detalhado do seu cliente ideal. Ela vai além de dados demográficos básicos, como idade e gênero, e mergulha no mundo emocional e comportamental do seu público.
Se liga, o copywriting não é sobre você, é sobre o seu leitor. Quando você entende quem é a persona, você consegue:
- Personalizar a mensagem: falar diretamente com as dores, desejos e necessidades dela.
- Criar conexão emocional: usar a linguagem e os argumentos que ressoam com ela.
- Aumentar a conversão: oferecer soluções que fazem sentido para o mundo dela.
Sem uma persona bem definida, você está basicamente atirando no escuro. E, convenhamos, ninguém quer desperdiçar tempo e dinheiro criando textos que não convertem.
Como criar uma persona eficaz
Criar uma persona não é só colocar um nome e uma idade em um papel. É um processo que exige pesquisa, análise e um pouco de intuição. Aqui estão os passos para criar uma persona que realmente funciona:
Defina os detalhes demográficos
Idade, gênero, localização, profissão, renda, escolaridade.
Exemplo: Maria, 35 anos, mãe de dois filhos, mora em São Paulo, trabalha como gerente de marketing e tem uma renda mensal de R$ 8.000.
Entenda o comportamento
Onde ela busca informação? Quais redes sociais usa? Quais são seus hobbies e interesses?
Exemplo: Maria consome conteúdo sobre produtividade no LinkedIn e Instagram, adora ler livros de autoajuda e pratica yoga nos fins de semana.
Mapeie as dores, desejos e dúvidas
Quais são os problemas que ela enfrenta? O que ela deseja alcançar? O que a impede de alcançar?
Exemplo: Maria se sente sobrecarregada com a rotina de trabalho e família e quer encontrar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Explore os gatilhos emocionais
Quais são os medos, sonhos e valores dela?
Exemplo: Maria tem medo de não conseguir dar atenção suficiente aos filhos e sonha em ter mais tempo livre para viajar com a família.
Dê um nome e uma face
Crie um nome e, se possível, uma imagem para a persona. Isso ajuda a humanizá-la e a manter o foco.
Exemplo: Maria Silva, 35 anos, foto de uma mulher sorridente com uma xícara de café na mão.
Escrevendo para a persona: como adaptar o copy
Agora que você já tem uma persona bem definida, é hora de colocar a mão na massa. Como adaptar o seu copy para falar diretamente com ela? Aqui estão algumas dicas:
Use a linguagem certa
Fale no mesmo tom de voz da persona. Se ela é jovem e descontraída, use gírias e um tom informal. Se ela é mais séria e profissional, mantenha um tom mais formal.
Exemplo: Para Maria, você pode usar um tom motivacional e acolhedor, com frases como “Imagine ter mais tempo para o que realmente importa.”
Aborde as dores e desejos
Mostre que você entende os problemas dela e tem a solução.
Exemplo: “Você já se sentiu sobrecarregada tentando conciliar trabalho e família? Descubra como encontrar o equilíbrio que você merece.”
Use argumentos relevantes
Destaque os benefícios que mais importam para ela.
Exemplo: “Com nosso método, você vai ganhar 2 horas a mais no seu dia para passar com seus filhos.”
Inclua prova social:
Mostre que outras pessoas como ela já tiveram sucesso com sua solução.
Exemplo: “Mais de 1.000 mães já transformaram suas rotinas com nosso método. Agora é a sua vez.”
Exemplos Práticos de Copy Adaptada para Diferentes Personas
Para ilustrar como a persona influencia o copy, vamos ver dois exemplos:
Persona: João, 28 anos, solteiro, empreendedor digital.
Copy adaptado:
“Você está cansado de trabalhar 12 horas por dia e ainda não ver os resultados que deseja? Descubra o método que ajudou mais de 500 empreendedores a escalar seus negócios e ganhar mais tempo livre.”
Porque funciona: Fala diretamente com a dor de João (exaustão e falta de resultados) e promete uma solução prática (escalar o negócio e ganhar tempo).
Persona: Ana, 45 anos, casada, dona de casa.
Copy adaptado:
Quer transformar seu hobby de cozinhar em uma fonte de renda extra? Aprenda a vender seus pratos gourmet online e ganhe até R$ 2.000 por mês.”
Porque funciona: Aborda o desejo de Ana (transformar um hobby em renda) e oferece uma solução tangível (ganhar até R$ 2.000 por mês).
6. Emoção

Se tem uma coisa que separa uma copy que vende, de uma copy ruim, é a capacidade de despertar emoções.
Tire a prova, pense nas últimas compras que você fez. Talvez tenha sido um curso, um smartphone, uma peça de roupa… eu não sei. Mas sei o que te fez decidir? Algo naquela oferta tocou um ponto sensível em você — um desejo, um medo ou um sonho de mudança.
No mundo do copywriting, a emoção é a chave que faz o leitor passar de “isso parece interessante” para “eu preciso disso agora!”.
Por que a emoção é crucial no copywriting?
As pessoas não compram por lógica, elas compram por emoção. Claro, a lógica tem seu lugar – ela justifica a decisão de compra — que já foi tomada por emoção.
No copywriting, a emoção é o que conecta o seu texto ao coração do leitor. Ela é o que transforma um simples produto em uma solução desejada, uma marca em uma paixão, um texto em uma experiência memorável.
Como usar gatilhos mentais para despertar desejo e urgência
Gatilhos mentais são palavras, frases ou ideias que ativam uma resposta emocional no leitor. Eles são a chave para criar um copy que não apenas informa, mas também inspira e motiva. Aqui estão alguns dos gatilhos mais poderosos e como usá-los:
Medo
O medo de perder algo (FOMO – Fear of Missing Out) é um dos gatilhos mais fortes.
Exemplo: “Não perca a chance de transformar sua carreira. As vagas são limitadas!”
Como usar: Mostre o que o leitor pode perder se não agir agora.
Desejo
O desejo por status, conforto, prazer ou realização pessoal pode ser um grande motivador.
Exemplo: “A 60 milhas por hora, o barulho mais alto neste novo Rolls-Royce vem do relógio elétrico”
Como usar: Crie uma visão atraente do que o leitor pode ganhar.
Urgência:
A sensação de que o tempo está acabando pode acelerar a decisão de compra.
Exemplo: “Últimas horas para garantir seu desconto de 50%!”
Como usar: Limite o tempo ou a quantidade disponível.
Curiosidade
A necessidade de saber mais pode manter o leitor engajado.
Exemplo: “Descubra o segredo que os grandes empreendedores não querem que você saiba.”
Como usar: Crie lacunas de informação que só podem ser preenchidas durante a leitura.
Pertencimento
O desejo de fazer parte de um grupo ou comunidade é um gatilho poderoso.
Exemplo: “Fechado para novos membros nos últimos 5 anos, nosso grupo secreto de mastermind finalmente abriu vagas para quem quer fazer parte da elite de empreendedores que mais alcançam resultados no país.”
Como usar: Mostre ao leitor algo que ele deseje ardentemente fazer parte.
Técnicas para conectar emocionalmente com o leitor
Agora que você já conhece os gatilhos emocionais, vamos falar sobre como aplicá-los no seu copy. Aqui estão algumas técnicas infalíveis:
Conte Histórias
Histórias são uma das formas mais poderosas de criar conexão emocional. Elas envolvem o leitor e fazem ele se identificar com a situação.
Exemplo: “Eles riram quando eu me sentei ao piano… Então eu comecei a tocar!”
Use linguagem emocional
Escolha palavras que evocam sentimentos. Em vez de “compre agora”, use “transforme sua vida hoje”.
Exemplo: “Imagine acordar todos os dias com mais energia e disposição para conquistar seus sonhos.”
Crie imagens mentais
Use descrições vívidas para ajudar o leitor a visualizar o benefício.
Exemplo: “Sinta o conforto de uma pele hidratada e radiante, como se você tivesse acabado de sair de um spa.”
Apelo aos valores
Conecte-se com os valores e crenças do leitor.
Exemplo: “Para quem acredita que a sustentabilidade é o futuro, este produto é a escolha certa.”
Mostre empatia
Demonstre que você entende as dores e desejos do leitor.
Exemplo: “Nós sabemos como é difícil conciliar trabalho e família. Por isso, criamos uma solução que vai te ajudar a encontrar o equilíbrio que você merece.”
Exemplos práticos de copy emocional
Para ilustrar como a emoção pode transformar um texto, vamos ver dois exemplos:
Produto: Curso de fotografia
Copy racional: “Aprenda a usar sua câmera e tire fotos profissionais.”
Copy emocional: “Capture os momentos que fazem seu coração bater mais forte e transforme suas fotos em memórias eternas.”
Serviço: Consultoria financeira
Copy racional: “Aprenda a gerenciar suas finanças e economizar dinheiro.”
Copy emocional: “Imagine uma vida sem preocupações financeiras, onde você pode realizar seus sonhos e viver com tranquilidade.”
Para finalizar esta seção, recomendo que você leia a Lógica do Consumo.
7. Estrutura

A estrutura é o que transforma um amontoado de palavras em uma jornada clara e envolvente. Ela guia o leitor do início ao fim, mantendo-o interessado e preparado para a ação final.
Elementos de uma boa estrutura
Uma boa estrutura é como um mapa: ela mostra ao leitor onde ele está, para onde está indo e como chegar lá. Aqui estão os elementos essenciais que não podem faltar no seu texto:
Títulos e subtítulos
Eles são os faróis que guiam o leitor pelo texto. Um bom título chama a atenção, enquanto os subtítulos dividem o conteúdo em partes digeríveis.
Dica: Use palavras-chave e gatilhos emocionais para tornar os títulos mais atraentes.
Parágrafos curtos
Ninguém gosta de enfrentar blocos gigantes de texto. Parágrafos curtos e diretos facilitam a leitura e mantêm o leitor engajado.
Dica: Limite cada parágrafo a 3-4 linhas.
Chamadas para ação (CTAs)
Elas são o ponto de virada onde o leitor decide agir. Seja claro e direto no que você quer que ele faça.
Exemplo: “Clique aqui para garantir sua vaga!” ou “Baixe agora o e-book gratuito!”
Imagens e elementos visuais
Eles quebram a monotonia do texto e ajudam a ilustrar pontos importantes.
Dica: Use imagens relevantes e de alta qualidade.
Espaçamento e formatação
Um texto bem espaçado e formatado é mais convidativo e fácil de ler.
Dica: Use bullet points, negritos e itálicos para destacar informações importantes.
Modelos estruturais eficazes
Agora que você já conhece os elementos básicos, vamos falar sobre alguns modelos estruturais que são verdadeiras joias do copywriting. Eles são como receitas testadas e aprovadas para criar textos que convertem.
AIDA (Atenção, Interesse, Desejo, Ação):
Atenção: Capture a atenção do leitor com um gancho forte.
Exemplo: “Você sabia que 90% das pessoas cometem esse erro ao tentar economizar dinheiro?”
Interesse: Mantenha o interesse apresentando benefícios e soluções.
Exemplo: “Descubra como evitar esses erros e comece a economizar de verdade.”
Desejo: Crie desejo mostrando como a vida do leitor pode melhorar.
Exemplo: “Imagine ter mais dinheiro no final do mês para viajar, investir ou simplesmente relaxar.”
Ação: Leve o leitor a agir com uma chamada para ação clara.
Exemplo: “Clique aqui para aprender as 5 estratégias que vão transformar suas finanças!”
PAS (Problema, Agitação, Solução):
Problema: Identifique o problema do leitor.
Exemplo: “Você está cansado de trabalhar horas extras e ainda não ver os resultados que deseja?”
Agitação: Agite o problema, mostrando as consequências de não resolvê-lo.
Exemplo: “Se você continuar assim, pode perder oportunidades de crescimento e até mesmo sua saúde.”
Solução: Apresente sua oferta como a solução ideal.
Exemplo: “Com nossas ferramentas, você reduzirá consideravelmente o seu tempo para criar campanhas completas. E você ainda poderá lucrar até 20 vezes mais, mas sem ter que trabalhar 20 vezes mais pra isso.”
Storytelling (Narrativa)
Introdução: Apresente o cenário e o personagem (que pode ser o próprio leitor).
Exemplo: “Ela tinha apenas R$ 100 na conta quando decidiu começar seu negócio.”
Conflito: Mostre o desafio ou problema que o personagem enfrenta.
Exemplo: “Mesmo trabalhando 12 horas por dia, ela não conseguia ver os resultados que desejava.”
Clímax: Apresente a solução que transforma a situação.
Exemplo: “Foi então que ela descobriu o método que mudaria tudo.”
Resolução: Mostre o resultado positivo e leve o leitor a agir.
Exemplo: “Hoje, ela fatura mais de R$ 1 milhão por ano. E você pode fazer o mesmo.”
Como organizar as ideias para manter o leitor engajado
Agora que você já conhece os modelos, vamos falar sobre como organizar suas ideias para criar uma estrutura fluida e envolvente:
Comece com um gancho forte
A primeira impressão é a que fica. Use um gancho que capture a atenção e faça o leitor querer continuar.
Desenvolva os pontos de forma lógica
Guie o leitor por uma jornada clara, onde cada ponto leva naturalmente ao próximo.
Use transições suaves
Conecte as seções do texto de forma que o leitor não se sinta perdido.
Exemplo: “Agora que você já sabe o problema, vamos falar sobre a solução.”
Mantenha o ritmo
Alterne entre informações densas e momentos mais leves para manter o interesse.
Termine com um CTA poderoso
A última impressão também é importante. Deixe o leitor com uma chamada para ação clara e motivadora.
Exemplo prático de estrutura envolvente
Vamos pegar um exemplo de texto sobre um curso de marketing digital:
Título: “Descubra como aumentar suas vendas em 50% com estratégias simples de marketing digital”
Introdução (Gancho): “Você já se perguntou por que algumas empresas crescem rapidamente enquanto outras ficam para trás?”
Problema: “Muitos negócios ainda dependem de métodos ultrapassados que não funcionam mais.”
Solução: “Com as estratégias certas, você pode transformar seu negócio e alcançar resultados incríveis.”
Benefícios: “Aprenda a atrair mais clientes, aumentar suas vendas e construir uma marca forte.”
CTA: “Clique aqui para garantir sua vaga no curso que vai revolucionar seu negócio!”
Recomendação? Leia Copywriting: O guia definitivo para transformar palavras em outro.
Conclusão
As 7 premissas fundamentais do copywriting vão transformar seus textos.
Se antes você tinha dúvidas de como escrever, agora sabe que uma copy eficaz precisa de contexto, solução, gancho, promessa, persona, emoção e estrutura para realmente impactar o leitor e gerar conversões.
Cada uma dessas premissas funciona como um pilar essencial. Se você negligenciar qualquer uma dessas 7 premissas fundamentais do copywriting, sua copy pode perder força e não alcançar o resultado esperado.
Mas agora você tem um roteiro claro — e também um checklist — para escrever copies matadoras.
Recapitulando tudo o que foi visto:
Contexto posiciona sua oferta no cenário certo, garantindo que a mensagem chegue ao público certo.
Solução mostra que seu produto ou serviço não é apenas útil, mas a melhor resposta para os problemas do cliente.
Gancho captura a atenção imediatamente, impedindo que o leitor ignore sua mensagem.
Promessa define um compromisso claro que motiva a compra.
Persona garante que sua copy fale diretamente com quem realmente importa, criando conexão e identificação.
Emoção ativa os gatilhos certos para tornar a decisão de compra irresistível.
Estrutura organiza sua copy de maneira lógica e persuasiva, conduzindo o leitor até a ação final.
Agora a pergunta é: você vai aplicar isso?
Saber essas premissas não basta. A verdadeira diferença vem da prática. Cada copy que você escrever deve passar por esse checklist. Com o tempo, essa abordagem se tornará natural e seus resultados vão decolar.
E para te ajudar a dar o próximo passo, aqui vai um desafio: pegue um texto de vendas que você já escreveu e analise-o sob a ótica dessas 7 premissas. Onde ele pode melhorar? O que está faltando?
Se você aplicar essas técnicas, suas copies nunca mais serão as mesmas.
E se precisar de ajuda, basta entrar em contato comigo.